18 de março de 2013

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Mãos que ao se entrelaçar
parecem ter imãs gigantes,
não se soltam.

Separadas buscam por caminhos
tortuosos, errantes. Atalhos,
se encontram naqueles olhos.

Brilham, reluzem voláteis
Desejos e vontades
Perto, mais perto ainda!

Sorrisos deixam palavras soltas.
Brisas escorregam, roçam
cabelos, corpos e o tecido leve
amado amassado.

Sons ignorados agora parecem  
felizes nas bocas? Boca? Água,
acabam por produzir força. Energia.

Sangue que percorre, corre
recorre ao corpo todo, por inteiro
transfere para a alma resistência.

Resiliência e ambiguidade
agora poderiam ser assim,
um retrato meu.

Andrea Chernioglo