Cataclisma

Sentir um buraco no estômago
parece o abismo sem fim
nada amistoso,
e algumas vezes bem doloroso.
Sentir um peso no meio do peito
deixa abafado e sem respirar
é bem triste,
mas pode ser um chiste.
Sentir os pés formigarem
por tanto tempo parados
é por estarem transtornados
em um sapato vermelho apertado.
Sentir as mãos paralisadas
calma, é sua farsa consistente
que chega a ser indolente,
e suas luvas são inconsitência criativa.
Sentir a boca amarga,
sem voz, grito ou cantiga ruim
queima em mim
e não é ainda o fim.
E o carinho para onde foi?
Esquecido!
Foi parar naquele lugar (aquele mesmo!)
um buraco multidimensional
tanta dimensão desigual,
ficou oval.
E para onde foi o amor?
Escondido?
Onde todas as coisas que foram perdidas
na minha casa, na minha rua e cidade
rumaram empolgadas, algumas nem tanto
em plena luz do dia.
Andrea Chernioglo
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