19 de junho de 2008

Em algum lugar...


Nasci perdida
sem rumo certo
ou incerto.

O vento algumas vezes diz
quais direções são certas,
ou não.

A luz que nunca
está apenas no fim,
me ilumina estranhos caminhos.

Minha razão deve sempre podar
alguns cantos, pedaços
que vejo como perfeitos.

Meu coração tenta sentir
inexplicáveis alegrias, ilusões
e grita: silêncio.

Meu tempo passa
e, repassa meus sonhos.
E a mitologia?

Carrego os estigmas
da história antiga
e escravizada.

Levo a guerra
na genética e
na alma cicatrizada.

Quero ser algo,
mas não quero
que vejam.

Desejo parecer,
mas não quero
a mentira descoberta.

Nasci perdida
e, como a arte e a obra
serei sempre…

… Incompleta!