Em algum lugar...

Nasci perdida
sem rumo certo
ou incerto.
O vento algumas vezes diz
quais direções são certas,
ou não.
A luz que nunca
está apenas no fim,
me ilumina estranhos caminhos.
Minha razão deve sempre podar
alguns cantos, pedaços
que vejo como perfeitos.
Meu coração tenta sentir
inexplicáveis alegrias, ilusões
e grita: silêncio.
Meu tempo passa
e, repassa meus sonhos.
E a mitologia?
Carrego os estigmas
da história antiga
e escravizada.
Levo a guerra
na genética e
na alma cicatrizada.
Quero ser algo,
mas não quero
que vejam.
Desejo parecer,
mas não quero
a mentira descoberta.
Nasci perdida
e, como a arte e a obra
serei sempre…
… Incompleta!